domingo, 30 de dezembro de 2012

Já é tarde não consigo mais dormir as lembranças são cada vez mais fortes.





            Abro a janela querendo que o vento que maltrata a minha pele, leve consigo essa saudade, essa dor, sei que é em vão tudo está tão bem guardado em minha mente, parece até que existem copias. Olho para o céu lembro das promessas que fiz vejo que nada adiantou.
            Novamente a janela, querendo fechar consigo esse ciclo de dor, deito na cama fecho os olhos pedindo pelo sono que não vem, volta a lembrança, o adeus, sento-me vou ao guarda roupa abro a ultima gaveta e retiro a caixinha, abro-a começo a chorar tenho em mãos cada bilhete teu, analiso tua letra rabiscada rapidamente.
            Espalho no chão os pedaços das conversas secretas dos tempos passados deixo as lagrimas descerem soltas pelo meu rosto, lembro do teu perfume não é necessário esforço algum, ele me acompanha onde quer que eu vá, relembro então pela milionésima vez naqueles últimos minutos o teu sorriso sem graça, que mesmo assim é o mais belo, os teus olhos pedintes de amor em um espaço repleto de dor.
            Deixo tudo jogado, espalhado pelos cantos do quarto, mas como se já está em mim. Deito-me na cama outra vez peço a Deus para que eu durma sem sonhos ou pesadelos, só para que eu me desligue dessa dor por instantes. Em meio as lagrimas depois de horas adormeço com os mesmos pensamentos em mente: Porque você não pode ser meu? Pra que toda essa distancia? Pra que?

Autora: Gabhy Doerzbacher

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